Conheça 6 bebidas ou alimentos tóxicos que você consome sem saber

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Alguns tradicionais alimentos ou bebidas que fazem parte da cozinha brasileira, muitas das vezes escondem perigos que são incobertos pelo tradicionalismo de se comer ou beber estes ingredientes.

Confiram então, uma lista com 6 alimentos que guardam toxinas que podem prejudicar a sua saúde em um futuro bem próximo.

Confiram os alimentos:

Feijão

Sim, por incrível que pareça nosso primeiro componente da lista é o nosso amado feijão brasileiro de cada dia. Feijões em geral contém lectina e antitripsina, substâncias com alto poder tóxico que podem levar a morte.

A lectina é uma proteína que causa sérios danos nos mamíferos, como por exemplo a aglutinação de hemácias (é como se suas células vermelhas do sangue começassem a se grudar e virar pequenas bolinhas, os coágulos) provocando o entupimento de veias, podendo causar AVC (derrame cerebral).

Já a antitripsina atua de modo a impedir a formação de algumas enzimas importantes para a digestão, entre elas a tripsina. A falta de tripsina no nosso corpo pode ocasionar não só danos ao pâncreas, mas também ao próprio pulmão. Em casos severos de ingestão, pode ser fatal.

Uma pergunta fica no ar: se feijão contém substâncias altamente tóxicas, por que então não morremos já que consumimos quase todos os dias? Simples! Por se tratarem de proteínas, ao serem cozidas na panela de pressão, suas moléculas sofrem desnaturação e são desativadas.

Sendo assim, a ação tóxica do feijão está em seu estado cru e não cozido. Mesmo o processo de cozimento não é 100% eficaz, mas permite desativar uma quantidade grande destas proteínas e a pequena parcela que sobra não nos causa nenhum mal.

Em testes de laboratório, ratos foram completamente exterminados consumindo apenas feijão cru. Você até pode oferecer feijão cru para os ratos da sua casa, eles com certeza irão morrer, o problema é você convencê-los a comer.

Batata

Mais do que um acompanhamento, a batata virou a estrela de muitos pratos por todo mundo, especialmente quando falamos de restaurantes fast food; provavelmente um dos alimentos mais populares da América do Norte.

Um alimento tão consumido e pouco conhecido. A batata contém uma certa toxicidade, por causa de algumas substâncias classificadas como glicoalcalóides: chacocina e solanina.

Ainda existem certas dúvidas sobre o real perigo de consumir batata. Estas substâncias são compostos presentes em quase todas as partes da planta e aparentemente estão ativamente envolvidas em processos de defesas. Quando estão em grande concentração nas batatas, a chacocina e a solanina provocam sabor picante e amargo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda existem poucos estudos para definir e estabelecer uma dose que seria tóxica destes glicoalcalóides, embora a OMS estipule que não se consuma mais do que 300 g de batata por dia, o que equivale a uma batata de tamanho grande.

Noz Moscada

A planta que dá o fruto que originará a Noz Moscada chama-se moscadeira. Para você talvez não lhe pareça algo atraente ou apetitoso, mas, pergunte a sua avó, certamente ela conhece e já usou. Usado como especiaria, para dar um toque de sabor em alguns pratos da culinária de todo o mundo, esta noz esconde uma informação importante: contém miristicina, uma substância que age como inibidor enzimático. Os efeitos alucinógenos e intoxicantes começam a ser produzidos ingerindo apenas 5 g do pó de noz moscada: descontrole motor, enjoo, alucinações visuais e auditivas são apenas alguns dos sintomas.

A miristicina (3-metóxi-4,5-metilendióxi-alilbenzeno) produz um estado semi-inconsciente e graves efeitos psicodélicos. Outro fator incrível é sua enorme duração: o auge dos efeitos pode ter seu ponto máximo somente após 7h da ingestão da noz, podendo o efeito durar de 24 a 72 horas.

Sassafrás

Sassafrás é uma planta nativa do leste da América do Norte. Seu principal uso tem sido como aromatizante de sabonetes, repelente de insetos e ocasionalmente como analgésico. Além disso, suas cascas são usadas a séculos como ingrediente para temperos e alguns tipos de cerveja.

A planta contém uma molécula chamada safrol, um composto orgânico altamente cancerígeno, provado cientificamente tanto em animais como em humanos. A partir dos anos 60 o FDA (órgão americano que legisla sobre medicamentos e alimentos) proibiu a comercialização de qualquer tipo de alimento produzido com sassafrás, introduzindo a planta na lista de produtos perigosos.

Evidentemente o baixo consumo da planta não causaria câncer, mas se for combinado com outros fatores e pré-disposições genéticas, aumentaria este risco. O FDA permitiu o uso de derivados de sassafrás apenas se o componente químico safrol for retirado antes do uso industrial. Hoje a planta é usada em culinárias tradicionais regionalistas e em algumas cervejas.

Absinto: a fada verde

O absinto, também chamada de losna, planta medicinal usada abundantemente em vários países, era usado em dezenas de bebidas e tornou-se bastante popular na alta boêmia francesa, por volta do ano de 1.800. Centenas de filmes antigos produzidos na Europa retratam cenas com bebidas de garrafa verde, contendo o absinto.

Sua fama popularizou-se devido ao fato de provocar em várias pessoas algumas alucinações esverdeadas. Muitos conseguiam ver fadas verdes voando ao seu redor. Algumas pessoas achavam isso uma grande bobeira; pensava-se que existiam alucinações por causa do consumo excessivo de álcool, mas isso não era a verdade.

Uma das substâncias do extrato do absinto tem forte poder alucinógeno e é um veneno bastante perigoso. Pode causar convulsões, tonturas, delírios em geral, tremores, dependência, danos neurológicos permanentes, cegueira, demência, e automutilações (Van Gogh teria cortado fora sua própria orelha após ter tomado algumas doses de bebidas com absinto). A concentração das bebidas era de 70%, mais tarde abaixaram para 54%, sendo considerada a bebida mais forte do mundo.

Bebidas alcoólicas preparadas de forma correta com a planta são bastante agradáveis e até ajudam na circulação sanguínea. Misturado de forma errada ou em doses inadequadas pode causar a morte ou gravíssimas intoxicações. Na literatura médica existe uma grande quantidade de casos de pessoas que faleceram ao preparar bebidas caseiras com as folhas do absinto. Seu efeito tóxico era tão poderoso que chegou a ser proibida em vários países na época da Primeira Guerra Mundial

Baiacu

Baiacu é um dos mais tradicionais pratos japoneses. Pode ser encontrado em diversos restaurantes considerados “especializados” no seu preparo. Para conseguir a autorização de vendê-lo, é necessário treinar pessoas por mais de 2 anos para saber fazer o correto corte de sua carne. No Japão é considerado mestre no preparo do baiacu quem consegue fazer finos cortes eliminando boa parte do veneno, mas não totalmente, pois de acordo com a culinária local, o correto modo de consumi-lo é deixar uma minúscula dose da toxina na sua carne para provocar um leve formigamento na língua.

No estado do Espírito Santo, aqui no Brasil, o baiacu é bastante consumido sem apresentar casos de intoxicações. Trabalhos recentes de alguns cientistas concluíram que a toxidade do peixe depende da época e estação do ano, geralmente no verão sua toxicidade é zero ou quase zero. Geralmente a espécie usada no consumo brasileiro é a Lagocephalus laevigatus. Existem algumas espécies encontradas no Brasil como a Spheroides testudineus que é classificada como altamente letal e a Sphoeroides spengleri, considerado bastante tóxico.

O peixe é tão venenoso que no Japão para se tornar expert no seu preparo, além de 2 anos de muito treino, a pessoa precisa no teste final preparar uma porção inteira de baiacu e comê-lo antes mesmo de dar para qualquer pessoa. A única comida que é terminantemente proibido de ser servida ao Imperador do Japão é o baiacu (chamado por lá de fugu), para sua própria segurança.

A toxina do baiacu são duas principais: a tetrodotoxina e a saxotoxina (classificadas como guanidínicas). Essas substâncias podem causar um dos mais sérios graus de intoxicação dentre todas as formas que existem. Os peixes, surpreendentemente, conseguem alcançar este alto grau de toxicidade por sua alimentação, através de bactérias localizadas no seu trato digestivo e em sua pele. O baiacu está entre os mais venenosos dos animais marinhos. A tetrodotoxina, dependendo da época do ano, pode estar presente em vários locais do peixe, como nas gônodas, no fígado e na pele. Sua ingestão em doses mínimas pode provocar a morte de uma pessoa em 15 minutos.

Reportagem: http://www.jornalciencia.com/top-listas/diversos/484-os-6-alimentos-ou-bebidas-que-sao-toxicos-mas-nos-consumimos

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